Postagem chama a atenção do Projeto Tatu-Canastra, criado para estudar e proteger a espécie
O vídeo raro, que flagrou o momento de acasalamento de um casal de tatu-canastra, é sucesso absoluto nas redes sociais. Segundo o ICAS-Projeto Tatu-Canastra, que também compartilhou o vídeo no Instagram, trata-se do primeiro registro conhecido. Por ser um animal noturno e com hábitos muito discretos, a equipe da ONG nunca havia conseguido registrar um acasalamento. No Twitter, apenas no perfil Biodiversidade Brasileira, o vídeo teve 170 mil visualizações em menos de uma hora.
Inédito! Foi registrado pela primeira vez na natureza a reprodução do tatu-canastra, o maior tatu do mundo, que pode chegar até 1,5 m de comprimento! O tatu-canastra é um dos mamíferos com o maior pênis, chegando até 30 cm.
?Projeto Tatu Canastra pic.twitter.com/Jm8K3aS5fx
— Biodiversidade Brasileira (@BiodiversidadeB) May 5, 2023
Segundo os pesquisadores, a filmagem ajuda a comprovar duas hipóteses sobre a espécie: o tatu-canastra tem um dos maiores pênis em relação ao tamanho do corpo dentre todos os mamíferos. E, apesar de machos e fêmeas terem medidas corporais parecidas, os machos sempre têm pernas mais longas. “Acreditamos que isso é mais uma adaptação para ajudar o macho a alcançar a fêmea no momento da cópula”, explica a postagem do ICAS-Projeto Tatu-canastra.
Maior espécie de tatu
Segundo pesquisadores, o tatu-canastra (Priodontes maximus) é a maior de todas as espécies de tatus existentes. Seu tamanho pode chegar a um metro e meio de comprimento (do focinho à cauda) e mais de 50 quilos. Mesmo com esse tamanho e ampla distribuição por praticamente toda a América do Sul, é uma espécie pouco conhecida.
Ameaças
De acordo com o Projeto Tatu-Canastra, outra ONG que trabalha para a proteção da espécie, apesar de sua ocorrência em um amplo território da América do Sul, o tatu-canastra está se tornando cada vez mais raro devido à perda de seu habitat natural em decorrência das ações humanas.
Devido ao tamanho que atingem quando adultos, os tatus-canastras tornam-se alvo da caça predatória. Apesar de ser difícil quantificar, os tatus-canastras também são caçados para atender ao interesse de colecionadores que cobiçam suas grandes garras.
Outros impactos, como o fogo e os atropelamentos, também provocam o declínio de sua população.
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