No Brasil, cerca de 25% das mães de recém-nascidos são diagnosticadas com depressão pós-parto
Anteriormente, tratamento estava disponível apenas como injeção intravenosa aplicada por profissional de saúde em alguns centros médicos
Por Jovem Pan
A Agência Federal de Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira 4, pela primeira vez, uma pílula para o tratamento da depressão pós-parto. Estima-se que a condição afete anualmente cerca de meio milhão de mulheres no país. Dados da Fiocruz estimam que 25% das mães de recém-nascidos no Brasil são diagnosticadas com a doença. A droga antidepressiva, chamada zuranolona, é o primeiro medicamento oral indicado para tratar a depressão pós-parto (DPP), segundo o FDA. “Até agora, o tratamento para a DPP estava disponível apenas como injeção intravenosa aplicada por profissional de saúde em alguns centros”, informou o órgão. Asima Ahmad, diretora médica do Centro de Saúde Carrot Fertility, em Menlo Park, Califórnia, disse que “cerca de uma a cada oito mulheres apresenta sintomas de DPP. Entre as que relatam
Desenvolvida especificamente para tratar a doença, a pílula mostrou que age mais rapidamente do que outros antidepressivos e deve ser tomada por duas semanas. Os testes mostraram efeitos colaterais menos severos do que os de outros antidepressivos usados atualmente. A chefe de psiquiatria do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA, Tiffany Farchione, explicou que a DPP “é uma condição de risco de vida séria e potencial, em que a mulher experimenta tristeza, culpa, sentimentos de falta de valor e, em casos graves, pensamentos de causar danos a si mesma ou ao bebê”. Desenvolvida pela Sage Therapeutics, a pílula será comercializada com o nome Zurzuvae e seu preço ainda não foi anunciado.