10 de dezembro de 2024 07:21

Filho de Gustavo Petro diz que campanha do presidente usou dinheiro do narcotráfico

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, à esquerda, e seu filho, Nicolás Petro, à direita

Nicolás Petro firmou acordo para colaborar com o Ministério Público da Colômbia

Por Jovem Pan

Nicolás Petro, filho do presidente da ColômbiaGustavo Petro, afirmou que o dinheiro de um ex-chefe do narcotráfico entrou na campanha presidencial de seu pai. Durante o processo judicial que enfrenta por lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito, Nicolás disse que destinou à campanha parte dos 400 milhões de pesos (US$ 102 mil) que Samuel Lopesierra, extraditado por narcotráfico para os Estados Unidos em 2003 e em liberdade desde 2021, deu a ele no ano passado. Um filho de Alfonso “el turco” Hilsaca, negociante acusado no passado de financiar grupos paramilitares e planejar homicídios, também teria dado dinheiro a Nicolás Petro, segundo o procurador do caso, Mario Burgos. De acordo com a investigação, o filho mais velho do presidente ficou com uma parte do dinheiro e a outra foi investida na campanha presidencial. Preso desde sábado, Nicolás inicialmente negou as acusações contra ele, mas mudou de tom pouco depois e afirmou que iria colaborar com a Justiça.

Gustavo Petro não negou que sua campanha tenha recebido financiamento ilegal. Durante evento com camponeses em Sincelejo, o presidente colombiano apenas desmentiu supostas versões que apontam que ele tinha conhecimento dessas movimentações. “O que nunca irá acontecer é que se afirme que o atual presidente do país tenha sequer sugerido ou sido cúmplice de que um de seus filhos ou filhas cometa um crime, porque isso não aconteceu. Se isso fosse verdade, este presidente teria que sair hoje”, declarou Petro. Segundo a imprensa local, o filho do presidente, que ficará em prisão domiciliar, tomou conhecimento de novas provas contra ele, motivo pelo qual teria decidido confessar. Mario Burgos lhe havia oferecido assumir sua responsabilidade em troca de uma redução de 50% da pena.

*Com informações da AFP.

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