15 de outubro de 2024 22:21

Ronaldinho Gaúcho vai à CPI das Criptomoedas nesta terça com liberação para ficar em silêncio

Ronaldinho Gaúcho é investigado por sua ligação com a empresa 18k, a qual é fundador e sócio-proprietário

Irmão do ex-jogador, Roberto de Assis Moreira, e presidente do Santos Futebol Clube, André Rueda, também devem depor na comissão que investiga esquemas de pirâmides financeiras com o uso de criptoativos

Por Jovem Pan

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Pirâmides Financeiras, também chamada de CPI das Criptomoedas, tem sessão marcada nesta terça-feira, 22, a partir das 14h30, para ouvir representantes da empresa 18K. Entre eles, o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, que é fundador e sócio-proprietário da companhia. “A empresa afirmava trabalhar com trading e arbitragem de criptomoedas e prometia a seus clientes rendimentos de até 2% ao dia, supostamente baseado em operações com moedas digitais”, informa o deputado Ricardo Silva (PSD-SP), que fez o requerimento da oitiva. O ex-jogador de futebol alega que teve sua imagem usada indevidamente e que também teria sido lesado. Mas Silva lembra que, em 2020, “Ronaldinho se tornou réu em uma ação que pede R$ 300 milhões por prejuízos a investidores”. Silva pediu ainda a convocação do irmão do atleta, Roberto de Assis Moreira, e do sócio da 18K, Marcelo Lara. Além dos representantes da 18K, a CPI também ouvirá nesta terça o presidente do Santos Futebol ClubeAndré Rueda. O clube tem o patrocínio da empresa de cassino e apostas on-line Blaze, que é acusada de fraude.

O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), garantiu que Ronaldinho e seu irmão poderão ficar em silêncio durante o depoimento Pela decisão, o futebolista também poderá ser assistido por seu advogado e não poderá sofrer constrangimentos físicos e morais ao exercer o direito de permanecer calado. A CPI  investiga esquemas de pirâmides financeiras com o uso de criptomoedas. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ao todo, 11 empresas teriam realizado fraudes utilizando moeda digital, como a divulgação de informações falsas e promessa de rentabilidade alta ou garantida para atrair as vítimas e sustentar o esquema de pirâmide.

*Com informações da Agência Câmara e da Agência Brasil

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