11 de dezembro de 2024 10:08

Fim do papel-moeda? Com avanço da digitalização, dinheiro vivo é rejeitado até pelos mais velhos

Produção de notas de R$ 20 na Casa da Moeda, no bairro de Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro

Entre as pessoas acima de 59 anos, geração menos afeita à tecnologia, apenas 25% vão à agência bancária para movimentar conta; Pix já é meio de pagamento mais usado entre todas as faixas etárias

Por Alex Braga

Está cada vez mais difícil ver aquela bolsinha de moedas da vovó ou a pessoa que anda com a carteira cheia de notas. Com o avanço da digitalização financeira, o brasileiro está tendo cada vez menos contato com o dinheiro físico, como mostra pesquisa do Serasa. Na geração Baby Boomers (pessoas acima de 59 anos), apenas 25% têm o hábito de ir à agência bancária para movimentar a conta. Embora levantamentos do Banco Central (BC) afirmem que o uso de papel-moeda tem um crescimento contínuo e estável, a tendência, segundo a instituição, é que no futuro possa haver uma queda na circulação.

Na primeira pesquisa de uma série intitulada “Serasa Comportamento”, o instituto ainda apurou que 80% dos Baby Boomers têm o aplicativo do banco baixado no aparelho celular e realiza consultas e transações online. O levantamento revela também que o Pix, criado há quase três anos, já é o meio de pagamento mais utilizado entre todas as gerações de consumidores. E o estudo ainda mostra que quase metade dos brasileiros, cerca de 44%, da geração Y e Z (entre 18 e 41 anos), não tem mais o hábito de sacar dinheiro.

Serasa

Toda essa intensa mudança na forma de executar pagamentos nas transações bancárias tem seus desafios, dado o grande índice de exclusão digital na população brasileira. Porém, para o cofundador e CEO da Jazz Tech, José Roberto Kracochansky, essa transformação no campo da tecnologia financeira traz benefícios a todos. “Se pensarmos no passado recente, com a epidemia da Covid, o que teria acontecido sem os meios de pagamentos digitais? Antes de mais nada, temos a conveniência e acessibilidade que permitiram a economia continuar girando e com segurança também, sem a necessidade de transportes de valores em períodos de limitação na movimentação de pessoas”, afirma. “A inclusão financeira também é um ponto relevante. Sem a digitalização, programas sociais nunca teriam funcionado de forma eficiente e abrangente durante a pandemia”. Ainda sobre desigualdade social, o CEO da Jazz Tech afirma que a utilização de meios já difundidos na sociedade é uma boa maneira de propor inclusão. “Considerando a penetração da telefonia celular e os programas sociais que já utilizam meios digitais de pagamento, conforme comentei acima, a digitalização é uma forma de inclusão, e não exclusão social”.

Serasa

 

Receba Informações na Palma da Sua Mão

Está gostando do conteúdo? Compartilhe

Facebook
WhatsApp
Telegram
Twitter
Email
Print