10 de outubro de 2024 23:02

Onça de Richarlison “some do radar” após briga feia no Pantanal

Acerola na manilha, local usado pelo felino para minimizar o calor (Foto: Fábio Paschoal)

Animal teve o pescoço machucado por outro felino da espécie e colar de monitoramento teve de ser retirado

Por Natália Olliver

Acerola, a onça-pintada macho adotada simbolicamente pelo atacante da seleção brasileira Richarlison de Andrade em 2022, foi atacada por outro felino da espécie e perdeu o colar de monitoramento da ONG (Organização Não-Governamental) Onçafari.

Na verdade, o felino, batizado inicialmente pela entidade de proteção como ‘Iracelmo’, se envolveu em uma briga e levou uma mordida no pescoço. O objeto teve que ser retirado para que a ferida cicatrizasse completamente. O animal agora está “fora dos radares” dos pesquisadores.

O ferimento é leve e não traz mais risco à saúde de Acerola. Antes da retirada, larvas já comiam a pele do felino. A remoção do colar pode significar que Acerola não será mais monitorado pela instituição. Isso porque a recolocação é incerta.

Ao Campo Grande News, o fotógrafo e guia do local Fábio Paschoal, explica que a onça vive livre e é selvagem. Portanto, não há certeza se o Onçafari vai colocar o colar novamente ou deixar o item para outro animal.

“Ele está bem, não precisa de monitoramento para saber se vai ficar por perto. Ela é livre pra ir onde ela quiser. Não precisamos monitorar 100%. O colar depende do Onçafari, se for colocar de novo tem que fazer uma campanha de captura. Então não é trivial, são várias coisas que precisam acontecer. Não sei se eles vão colocar no Acerola ou em outra onça. Pode ser que dê sorte de capturar”.

De acordo com Fábio, a captura do felino para retirada do colar aconteceu de maneira tranquila, com uso de sedativo. A retirada das larvas foram feitas por veterinários e Acerola foi liberado em seguida.

Sobre uma possível mudança de local, agora que o felino já não possui o colar, Fábio ressalta que as onças costumam permanecer nas regiões em que estão habituadas, a não ser que outra chegue e expulse o macho.

“Elas podem mudar de lugar mas normalmente tem uma área de vida já estabelecida. Pode mudar quando chega uma onça na região, ou uma que expulsa o macho que estava lá. A gente não prende, deixa a natureza seguir o curso”.

CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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