Segundo o entregador Thiago Santos, Alexsander Mielke teria exigido que ele subisse com a entrega e o teria xingado de “preto safado”
Um entregador de aplicativo afirma ter sido alvo de racismo por um agente da Polícia Federal na noite desse sábado (23/9), em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Segundo Thiago Santos, entregador do Zé Delivery, o cliente, idenficado como o agente da PF Alexsander Canto Mielke, teria exigido que ele subisse até a porta de seu apartamento para realizar a entrega. Caso contrário, a mercadoria seria cancelada.
Santos, de 31 anos, foi até o local e, ao fazer a entrega, explicou para Alexsander sobre a regra do aplicativo em que trabalha, de não subir aos apartamentos, segundo informações do G1.
Thiago Santos Silva, 31 anos, entregador
O agente da PF não teria reagido bem à informação e teria passado a ofender Thiago, o chamando de “preto safado”. Segundo o entregador, o policial também teria sacado uma pistola da cintura.
O entregador relatou o ocorrido ao patrão e, em minutos, dezenas de colegas foram até o local protestar.
Thiago e Alexsander foram encaminhados à delegacia para prestar depoimento. A condução do policial até a viatura foi marcada por gritos de “racista”. O momento foi registrado por moradores nas redes sociais. Veja:
À polícia, Alexsander negou as acusações e afirmou que a pistola foi sacada por ele ter se sentido “ameaçado” pelo entregador, que é negro.
O crime de racismo tem pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa, e não cabe mais fiança. Além disso, é imprescritível.
O Metrópoles entrou em contato com a Polícia Federal, mas até o momento não houve retorno. O espaço segue aberto.