8 de maio de 2024 23:27

Conheça os sintomas da doença silenciosa que atinge 7 milhões de mulheres em todo o Brasil

Imagem: iStock

Dentro do contexto do mês de conscientização sobre a endometriose, celebrado em março, é crucial ter ciência de que esta doença impacta milhões de mulheres ao redor do globo.

Globalmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 180 milhões de mulheres vivenciam a endometriose, com mais de 7 milhões apenas no Brasil.

A endometriose é uma condição patológica que ocorre quando as células do tecido que normalmente revestem o interior do útero, conhecido como endométrio, proliferam fora desse órgão.

Ao invés de serem eliminadas durante a menstruação, essas células deslocam-se na direção contrária e fixam-se em outras partes do organismo, continuando seu crescimento e causando sangramento. Nesse cenário, o corpo inicia um processo reativo para eliminar essas células em locais inadequados, resultando em inflamação.

Embora seja uma condição ginecológica comum, as causas específicas da endometriose ainda não foram completamente compreendidas.

Os sintomas da endometriose geralmente variam entre as mulheres, dependendo de fatores como a localização e o estágio da doença. No entanto, alguns sintomas podem se manifestar de forma geral.

Quais os sintomas da endometriose?

  • Dismenorreia (cólica menstrual intensa);
  • Dispareunia (dor na relação sexual profunda);
  • Dor abdominal frequente;
  • Dor ou sangramento intestinal;
  • Dificuldades para evacuar;
  • Sangramento retal durante a menstruação;
  • Dores urinárias frequentes, que se assemelham à infecção urinária;
  • Estados depressivos;
  • Fadiga;
  • Diarreia.
Essas questões, para além do impacto físico associado, têm um profundo impacto na saúde mental da mulher. Quando a dor física é ignorada ou invalidada, pode resultar em sérias consequências psicológicas, como ansiedade e depressão.

Vale ressaltar que aproximadamente 40% das mulheres com endometriose enfrentam dificuldades para engravidar.

Tratamento da endometriose

O tratamento da endometriose deve começar com uma abordagem que inclua respeito aos ciclos circadianos, controle do consumo de alimentos inflamatórios, prática de atividades físicas e adequada suplementação.

Posteriormente, inicia-se o tratamento hormonal, visando reduzir o excesso de estrogênio ou melhorar a resistência à progesterona. Mulheres mais jovens podem optar por medicamentos que suspendem a menstruação.

Em alguns casos, tratamentos cirúrgicos, como a videolaparoscopia ou procedimentos robóticos, podem ser necessários. Entretanto, esses procedimentos são recomendados apenas em situações específicas.

A endometriose é uma condição crônica que tende a regredir com a chegada da menopausa, devido à diminuição na produção de hormônios femininos e ao término do ciclo menstrual.

Prevenção e diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce é fundamental para prevenir o avanço da endometriose para estágios que demandem tratamentos mais intensivos ou até bloqueio hormonal. Assim, a prevenção está intrinsecamente ligada a consultas regulares ao ginecologista, possibilitando a detecção precoce da doença.

Normalmente, o processo diagnóstico da endometriose começa com uma avaliação ginecológica, seguida por testes laboratoriais e de imagem. No entanto, para confirmar o diagnóstico, a realização de uma biópsia é imprescindível.

Recomendações para lidar com a endometriose

Especialistas recomendam não subestimar as dores menstruais e buscar sempre a orientação de um profissional de saúde. Realizar todos os exames necessários para o diagnóstico da endometriose é crucial, tendo em mente que essa condição pode afetar a qualidade de vida e fertilidade. Com o tratamento adequado, no entanto, a fertilidade pode ser restaurada.

É crucial lembrar que apenas médicos qualificados estão habilitados para diagnosticar doenças, prescrever tratamentos e medicamentos.

Com informações de Catraca Livre

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