Governo e INSS traçam estratégias para devolver o dinheiro que foi descontado indevidamente das aposentadorias e pensões
Instituto estima que cerca de R$ 6 milhões foram desviados de aproximadamente 4 milhões de pessoas, mas suspeita-se que valor seja maior; devolução do dinheiro precisa passar pelo Congresso
O novo presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Gilberto Waller Júnior, reuniu-se com o advogado-geral da União, Jorge Messias, para falar das fraudes bilionárias que atingiram aposentados e pensionistas. A reunião, que também contou com a presença do presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, e oito advogados do governo, teve como principal objetivo traçar estratégias para devolver o dinheiro que foi descontado indevidamente das aposentadorias e pensões.
Para enfrentar esse desafio, será necessário realizar um pente-fino em todos os benefícios, a fim de fechar a contabilidade e identificar os responsáveis. A prioridade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é clara: devolver o valor aos aposentados e pensionistas o mais rápido possível e, em seguida, cobrar as entidades e sindicatos envolvidos. No entanto, para que isso aconteça, será necessário obter autorização do Congresso.
Os descontos serão analisados minuciosamente, considerando o tempo de duração e a existência de autorização prévia. Apesar das regras claras que protegem os beneficiários, elas foram desrespeitadas, e agora há uma urgência em responder à sociedade, como enfatizou Messias. No Ministério da Fazenda, que terá de dar o sinal verde para o plano de pagamento, há quem defenda que o valor saia do orçamento do Ministério da Previdência.
*Com informações de Luciana Verdolin
*Reportagem produzida com auxílio de IA