16 de agosto de 2025 04:09

Sobreviventes do holocausto apelam a Lula que pare com antissemitismo

Ariella Pardo Segre e Gabriel Waldman apelam a Lula pelo fim do incentivo ao ódio a judeus (Fotos: Reprodução/Instagram)

Vítimas que resistiram ao nazismo sendo acolhidas no Brasil alertam que presidente não deve banalizar ou incentivar ódio mortal aos judeus

Davi Soares –

Sobreviventes do genocídio a judeus apelaram para que o presidente Lula (PT) pare de incentivar a praga do antissemitismo no Brasil. Em vídeos publicados nesta sexta-feira (1º), vítimas que resistiram ao nazismo sendo acolhidas em território brasileiro alertam que o chefe do governo brasileiro não deve banalizar o passado de um ódio mortal aos judeus, que não pode ser esquecido.

Depoimentos nas redes sociais de entidades que combatem a desinformação sobre o antissemitismo, sobreviventes ressaltam que o Brasil é a casa de muitos sobreviventes do Holocausto, que encontraram no país um refúgio em meio aos horrores da 2ª Guerra Mundial, enquanto judeus eram exterminados sob o nazismo de Adolf Hitler. E criticam falas do petista contra a reação de Israel aos ataques de terroristas do Hamas, aliadas à decisão do presidente de retirar o Brasil da Aliança Internacional de Memória do Holocausto (IHRA), em 18 de julho.

“Eu senti na pele, na minha pele, o que é antissemitismo. Após a guerra, eu precisava de um país onde não tivesse ódio aos judeus. Esse país foi o Brasil. Eu tenho filhos, netos e bisnetos brasileiros. Quando vejo o senhor incentivando esta praga que é o antissemitismo, fico triste e muito preocupada. Eu sei que os brasileiros e as brasileiras não pensam como o senhor. Por favor, pare com isso!”, apelou Ariella Pardo Segre, que nasceu na Itália e está viva graças a uma fuga dramática pelos alpes suíços.

Mal a brasileiros

Nas publicações, as entidades destacam que a reação à postura de Lula não é sobre política. Mas um alerta de que somente o conhecimento pode transformar a memória em ação contra o ódio.

“É um alerta de quem viveu o pior e sobreviveu para lembrar ao mundo até onde a intolerância pode nos levar. A saída do Brasil da IHRA enfraquece a defesa da memória contra o ódio”, destacam as entidades que divulgaram os depoimentos.

“Procurei um país para morar e reconstruir a minha vida. No país onde eu nasci, isso não era possível para um judeu. Os brasileiros me receberam com braços abertos. Aqui eu pude criar os meus filhos, meus netos, e jamais tive problema por ser judeu. O Brasil me ajudou a reconstruir minha vida. Eu também contribuí para a construção do Brasil. Estou muito triste de ver que o antissemitismo está crescendo no Brasil. Presidente, pensa no mal que está fazendo ao povo brasileiro”, destacou Waldman.

Assista:

 

 

 

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