29 de abril de 2025 16:44

O que pode acontecer na presidência do PT caso Gleisi vire ministra

Dirigente do PT há oito anos, Gleisi Hoffmann – (Alessandro Dantas/PT/Divulgação)

Eleição para o comando da legenda está marcada para junho; nomes já são especulados para um mandato-tampão

Por Ramiro Brites – VEJA

Nas especulações em torno da reforma ministerial para a segunda metade do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o embarque da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, no governo é dado como praticamente certo. Ela conversou em janeiro sobre o assunto com o presidente. Caso a nomeação se concretize, abre-se uma lacuna na presidência do partido.

O calendário das eleições internas do PT já foi aprovado no fim do ano passado e determina que o novo presidente nacional da legenda será conhecido em julho. Portanto, se Gleisi estiver no governo, um dos vice-presidentes petistas deve assumir um “mandato tampão” e conduzir o processo eleitoral. Há duas opções na mesa: o senador Humberto Costa e o deputado federal José Guimarães.

Se dependesse apenas de Lula, o sucessor de Gleisi já estava escolhido e seria o ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva. No entanto, uma ala mais à esquerda do partido tem ressalvas quanto ao perfil moderado. Para acirrar as políticas anti-mercado, outros candidatos podem surgir durante o processo. Um deles seria o próprio José Guimarães. Outro nome que começa a ser ventilado é do também deputado…

O nome de Edinho não seria o preferido por um grupo com bastante força no partido, com nomes como Gleide Andrade e Jilmar Tatto. Respectivamente, tesoureira e secretário de Comunicação do PT.

A escolha do sucessor de Gleisi não é uma escolha simples por alguns motivos. Ela foi a dirigente petista mais longeva, à frente do cargo por oito anos consecutivos. Agora, petistas avaliam que é hora de “mudar de cara”. Com Edinho na Presidência, o partido deve apostar em um perfil mais moderado e conciliador. Ele é aliado, por exemplo, de Fernando Haddad. Não raro, o ministro da Fazenda é criticado no petismo por uma política econômica “pró mercado”. A definição dessa identidade deve guiar o partido, que completa 45 anos neste mês, pelos próximos tempos.

 

 

 

 

 

 

 

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